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Projeto de extensão voltado para a preservação do solo atua em assentamentos agrários na Paraíba
publicado: 02/07/2021 13h01, última modificação: 02/07/2021 13h01
Exibir carrossel de imagens Ação educativa realizada pelo projeto em 2019 durante a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, no Campus II da UFPB - Areia. Imagem cedida pela equipe.

Ação educativa realizada pelo projeto em 2019 durante a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, no Campus II da UFPB - Areia. Imagem cedida pela equipe.

Projeto de extensão voltado para a preservação do solo atua em assentamentos agrários na  Paraíba

Produção de alimentos, purificação da água e regulação do clima são alguns dos benefícios que o solo proporciona para a sobrevivência humana quando há cultivo, conservação e manejo sustentável. 

Segundo estudos da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), 14% das terras na América do sul sofrem com a degradação, sendo as principais causas a erosão pela água, uso intensivo de agrotóxicos e desmatamento. A pesquisa também revela que essa degradação está relacionada com a falta de recursos, como acesso a mecanismos hídricos e a terra impossibilitando os agricultores na manutenção adequada do solo. 

Com a intenção de levar à sociedade informações sobre conservação, uma ação extensionista do campus II da UFPB - Areia/PB - está desenvolvendo o projeto ‘Educação ambiental com ênfase em solos em assentamentos da reforma agrária: do discurso à prática’, que tem realizado ações de conscientização sobre preservação do solo em assentamentos da região rural da Paraíba. A extensão é realizada pelo  Departamento de Solos e Engenharia Rural (DSER/CCA).

O projeto tem como objetivo popularizar a ciência do solo,  informando a sociedade sobre a importância do recurso natural para sobrevivência saudável no planeta, esclarecendo sobre o uso, conservação e  manejo sustentável.

O coordenador da extensão, o técnico do laboratório do DSER/CCA Ramon Freire, esclarece que a escolha dos assentamentos foi motivada pela vontade de proporcionar para os agricultores conhecimentos sobre a importância de preservar o solo.

“Os assentamentos têm, pela sua própria concepção filosófica e originária, a conjunção com a agricultura. Conscientizar os jovens agricultores e familiares da importância da preservação do solo e adoção de técnicas sustentáveis de produção é uma estratégia importante para a preservação dos recursos naturais e valorização cultural das atividades artesanais da região”, explica. 

Ações do projeto para 2021 

A extensão está atuando em parceria  com o projeto social  Tapera Artesanato, uma associação de produtoras de artesanato que atua para preservar e desenvolver a cultura local. Essa cooperação entre a extensão e a Tapera Artesanato possibilitará a interação com a comunidade de Oziel Pereira no município de Remígio - PB, onde o projeto de extensão pretende atuar. A coordenadora da Tapera, Vânia Santos, menciona a importância desse vínculo com a extensão da UFPB.

“A Tapera é um espaço que foi criado com o objetivo de trabalhar a cultura do município de Remígio, buscando desenvolvimento social para comunidade do Oziel Pereira. A parceria com a UFPB enriquecerá a comunidade através das oficinas e ensinamentos sobre nosso solo. Faremos a organização da comunidade em  grupos e nos reuniremos em reuniões quinzenais”, diz a coordenadora.Consolidação da parceria com a coordenadora do Projeto Social Rural Tapera. Na foto estão o coordenador Ramon Freire, o coordenador adjunto, professor Bruno Dias, e  Vania Santos, a coordenadora da Tapera. Imagem cedida pela equipe.

Devido a pandemia da Covid-19, as atividades têm acontecido de forma remota e o coordenador da extensão relata as dificuldades.“Confesso que não está sendo fácil, o nosso projeto requer muito contato e manuseio do solo. Os jovens são da zona rural, há problemas com a internet, mas não podemos deixar de tentar, é um desafio que firmei quando escrevi o projeto”, confessa Ramon.

Com o intuito de manter o fluxo das ações, materiais como vídeos e gravação de um podcast estão sendo preparados pelos alunos extensionistas. O estudante de agronomia Marcos Gomes participou do projeto como voluntário ano passado, agora como bolsista  ele narra como está sendo fazer parte dessa iniciativa.

“Tenho obtido conhecimento sobre o solo e a cada dia me apaixono mais por ele. Fico muito feliz em saber que tenho transmitido isso para sociedade, ajudando na construção da conscientização”, conta o estudante. 

Além disso, as pesquisas acadêmicas também fazem parte do projeto, exemplo disso foi a apresentação do artigo ‘Construção e avaliação de uma proposta de ensino relacionada à importância do solo na preservação da biodiversidade', no 20º Encontro Nacional de Ensino de Química, realizado em março de 2021.

 

Reportagem de Crislaine  Honório (Voluntária PROEX 2021), editada por Comunicação PROEX.